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Aula SCA #08 do Plano A do Doutoramento em Arquitetura | Edição 2024/2025 Voltar

sexta-feira, 11/04/2025    EAAD - Campus de Azurém - Museu
No âmbito do Plano A do Doutoramento em Arquitetura, edição 2024/2025, terá lugar no dia 11 de abril pelas 14h00 no Museu da EAAD, a Aula #08 do Seminário de Conhecimento Avançado, intitulada “As linhas que abril não esbateu: território, habitação e violência racial”, proferida pela Investigadora Ana Rita Alves.
Sinopse | Conta-nos bell hooks, em 1990, – a partir da experiência vivida das pessoas negras – como a casa é lugar de organização e solidariedade, refúgio, subversão e luta, espaço onde toma forma “tudo aquilo que realmente importa” (hooks, 2015). Logo, a queda de uma casa, a destruição de um bairro – por meio do realojamento ou, na sua forma mais violenta, do despejo – pode representar uma hecatombe, implicando a despossessão das famílias, o deslocamento (forçado) e o apagamento de um “sentido de lugar (negro)” (Mckittrick, 2011). Por entre os escombros, memória e solidariedade. Esta sessão procurará analisar e debater a interseção entre território, habitação e violência racial no Portugal de abril por meio da análise de legislação e políticas públicas e da insurgência de pessoas negras, Roma e migrantes a partir do gesto, por vezes repetido, de (re)construir casa e (re)desenhar bairro.

Bio | Ana Rita Alves é antropóloga e doutora em Direitos Humanos nas Sociedades Contemporâneas (UC), com a tese “Beyond Loss: Race, Displacement and the Political”. Atualmente é pesquisadora no projeto “Corpos Geradores: da Agressão à Insurgência. Contributos para uma Pedagogia Decolonial” (CeiED – Universidade Lusófona) e investigadora colaboradora do Centro de Estudos Sociais (UC). Ao longo da última década, Ana Rita tem produzido conhecimento crítico sobre racismo institucional, políticas públicas, território, habitação e violência política em Portugal, em diálogo com moradores e coletivos de bairros autoproduzidos e de realojamento. É autora do livro “Quando ninguém podia ficar: racismo, habitação e território” (Tigre de Papel, 2021).
SCA_#08